Esperamos tanto pelas férias e depois elas passam a voar.
Puffff…..já foram!
Não foi fácil escolher o destino e acabámos por selecionar a
nossa última opção. A culpa? Marcar muito tarde, mas por questões profissionais
não tivemos outro remédio.
Quando o senhor meu marido chegou a casa com os destinos
possíveis, este foi aquele a que dei menos preferência. Depois, como (quase) toda
a gente, lá fui até ao Google ver o que diziam. E tive logo vontade de o riscar
da lista. As opiniões não eram muito favoráveis, mas, também é certo, que eram quase
todas antigas e havia ainda comentários com otimismo para o futuro daquele
local.
Por muitas razões, a lista ficou reduzida e deixou de haver
muitas opções.
E lá fomos até Marrocos. Mais concretamente até à pérola
azul do Mediterrâneo: Saïdia.
Confesso que não é um destino de sonho, que ficou aquém de
outros onde já estivemos, mas, no geral, superou as (escassas) expetativas. Gostei particularmente das diferenças culturais, da história
e de conhecer algumas cidades.
Férias para mim é também sinónimo de conhecer. Por isso, lá
fomos à “reunião” para ouvir as propostas de excursões.
A primeira excursão, terça-feira, de meio-dia, foi a Oujda.
Pelo caminho fizemos uma paragem na fronteira da Argélia, onde a guia nos
contextualizou com toda a história entre estes dois países, e numa farmácia
tradicional. Oudja é uma cidade com um rico património e é considerada a
capital da região oriental de Marrocos. Possui uma bela Medina, com aquelas
ruelas, as bancas de venda e aqueles cheiros. No mercado era possível comprar
de tudo e das mais variadas “marcas”. Qual Paris, qual quê. Uma cidade ainda
muito pouca turística, ainda muito típica e idêntica.
A outra, na quinta-feira, foi uma verdadeira loucura. Sim. Loucura!
Lá fomos até Fez, o que significou 10 horas de viagem (5 para lá e mais 5 de
regresso). O senhor meu marido quase me pedia o divórcio. Um dia depois das
nossas Bodas de Trigo.
Em Fez está a maior Medina viva do mundo árabe, ou seja, é o
maior centro histórico amuralhado. Ainda com moradores e com casas nas ruelas
(algumas nem sei como conseguem lá entrar). É um verdadeiro labirinto de
cheiros, cores e de gente a circular. Uma agitação.
Pelo percurso erámos constantemente abordados pelos
“vendedores ambulantes”: pulseiras mãos de Fátima? 3? 5€; carteiras de
Marrocos? Colares?....!!!!! Boas aquisições. Tendo em conta a dimensão da
Medina foi impossível conhecer tudo em apenas umas horas.
Alguns locais obrigatórios:
Mesquita: como não somos muçulmanos, não se pode entrar.
Ficámos pelo átrio.
Universidade de Kairaouine: A universidade é a mais
antiga do mundo. Não entrámos, mas abriram as portas para se espreitar. Apesar
de enorme, não é facilmente visível, pois está toda cercada pelas ruas e
casinhas da Medina.
Chaouwara Tanneries: Os famosos curtumes (lugar onde se
trata o couro) de Fez. A parte (muito) má…o cheiro forte, como tal à entrada deram-nos
um ramo de hortelã. O processo é todo manual, ao ar livre e feito por homens. Para
ver fomos até à varanda de uma loja.
A Loja dos Tecidos, onde vimos como eram feitos os trajes e
os famosos tapetes. Aqui tivemos a oportunidade de colocar o lenço na cabeça e
tirar a típica foto. Também aqui fomos conhecer uma farmácia. E claro, uma
paragem para um almoço tipicamente Marroquino. Num restaurante muito giro, por
sinal.
Nas Medinas não encontramos apenas aqueles artigos “turísticos” como colares e bolsas de couro, mas é um verdadeiro mercado ou uma feira, onde se pode comprar de tudo como legumes, tecidos, roupa, bijuteria, calçado e animais (alguns expostos vivos).
Antes de chegar à Mesquita fizemos uma paragem no Royal Palace. O palácio não está aberto ao público, mas é obrigatório tirar a foto numa das enormes portas e colocar as mãos, menos nas de madeira, segundo a Guia, dá sorte.
No que toca ao Resort, escolhemos o Hotel Iberostar, de 5
estrelas, situado na primeira linha da praia de 14 km e cercado pela
tranquilidade. Era agradável, com funcionários muito simpáticos e atenciosos. A
comida era razoável. É nestas alturas que valorizamos ainda mais a nossa
gastronomia e percebemos o porquê de todos os estrangeiros gostarem tanto do
nosso país.
Próximo do Hotel havia uma Marina que permitiu umas saídas à
noite e “fugir” um pouco à dinâmica típica dos Resort´s.
Cultura, artesanato, monumentos, piscina, praia, descanso e
muita tranquilidade. Rapidamente se passaram 8 dias.