Continuo
a ter um misto de sentimentos complicados.
Nesta
época tudo dói mais.
Ainda
tenho um grito preso na garganta, uma dor que me
aperta o coração e que não me deixa viver (bem) o presente.
Queria voltar atrás no tempo. Ai como
queria.
Por um lado, quero muito criar (boas) memórias nas minhas
estrelinhas, ouvir todos os clássicos de Natal, passear nas ruas iluminadas e
ver as decorações das montras. À semelhança do que fazíamos as duas. Foste tu que me passaste este gostar do Natal. Por outro,
com a tua ausência, tudo me parece estranho, vazio, sem sentido e rumo. Há memórias felizes que me
continuam a deixar triste.
Tanta coisa que te devia ter dito,
tanta coisa que devíamos ter feito e que eu sei que era isso que querias. Arrependo-me
de não ter demorado mais naquele último abraço e em todos os outros que me
davas.
Agora que sou mãe percebo que não há
nenhum amor como este. É o mais puro e sincero de todos. O amor de mãe é das poucas certezas que temos na vida.
Perder este amor para sempre - este sempre é verdadeiramente assustador - deixa-nos mais desprotegidos, inseguros e perdidos nesta vida.
Por mais anos que aqui ande este vazio nunca será preenchido! Tu estarás sempre em mim.