quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

C´est la vie # Um vazio que ninguém preenche


Continuo a ter um misto de sentimentos complicados.

Nesta época tudo dói mais.

Ainda tenho um grito preso na garganta, uma dor que me aperta o coração e que não me deixa viver (bem) o presente.

Queria voltar atrás no tempo. Ai como queria.

Por um lado, quero muito criar (boas) memórias nas minhas estrelinhas, ouvir todos os clássicos de Natal, passear nas ruas iluminadas e ver as decorações das montras. À semelhança do que fazíamos as duas. Foste tu que me passaste este gostar do Natal.  Por outro, com a tua ausência, tudo me parece estranho, vazio, sem sentido e rumo. Há memórias felizes que me continuam a deixar triste. 

Tanta coisa que te devia ter dito, tanta coisa que devíamos ter feito e que eu sei que era isso que querias. Arrependo-me de não ter demorado mais naquele último abraço e em todos os outros que me davas.

Agora que sou mãe percebo que não há nenhum amor como este. É o mais puro e sincero de todos. O amor de mãe é das poucas certezas que temos na vida. 

Perder este amor para sempre - este sempre é verdadeiramente assustador - deixa-nos mais desprotegidos, inseguros e perdidos nesta vida

Por mais anos que aqui ande este vazio nunca será preenchido! Tu estarás sempre em mim.