Quando soube que estava grávida de gémeos fui invadida por
milhentas dúvidas e medos. Senti que fiquei sem chão.
Rapidamente me passou e
hoje acho que é uma bênção. É verdadeiramente maravilhoso. As emoções andam sempre
à flor da pele.
Mesmo assim, como em tudo, já me questionei como seria se
tivesse tido um filho de cada vez.
Ser mãe de gémeos de primeira viagem implica:
1. não saber o que é ser mãe de um filho único;
2. Depender (muito) da ajuda de outras pessoas, principalmente
quando temos de ir a alguns sítios, como médico, praia, parque, etc;
3. não conseguir dar colo aos dois ao mesmo tempo, não só quando
pedem ou quando estão a chorar, mas quando estão doentes. Até se tenta dar, com alguma dificuldade, mas as nossas costas não perdoam;
4. ter medo de dar mais atenção a um;
5. estar sempre sujeita a algumas “bocas” menos simpáticas
(coitada são gémeos);
6. não passar despercebida com o “dois” lugares;
7. estar sujeita a constantes comparações;
8. ter gastos a dobrar, pois as necessidades são as mesmas e
não há aquela “desculpa” de “já fica para o próximo”;
9. dificilmente irei estar grávida novamente. Sempre
sonhei ter dois filhos, no meu caso aplica-se a expressão: “Que sorte. Estás
arrumada”.
Não são 9 pontos negativos, mas 9 "ses" que rapidamente são esquecidos quando tenho os dois a
gatinhar em minha direção. O meu coração não aguenta de tanta emoção. Não há
melhor no mundo.
As estrelinhas vão a
caminho dos 14 meses. Ainda há muita coisa para descobrir.
Adoro de paixão ser "a mãe dos gémeos".
Adoro de paixão ser "a mãe dos gémeos".