sexta-feira, 29 de junho de 2018

Mãe ao quadrado



Quando soube que estava grávida de gémeos fui invadida por milhentas dúvidas e medos. Senti que fiquei sem chão. 

Rapidamente me passou e hoje acho que é uma bênção. É verdadeiramente maravilhoso. As emoções andam sempre à flor da pele.

Mesmo assim, como em tudo, já me questionei como seria se tivesse tido um filho de cada vez.

Ser mãe de gémeos de primeira viagem implica:

1. não saber o que é ser mãe de um filho único;

2. Depender (muito) da ajuda de outras pessoas, principalmente quando temos de ir a alguns sítios, como médico, praia, parque, etc;

3. não conseguir dar colo aos dois ao mesmo tempo, não só quando pedem ou quando estão a chorar, mas quando estão doentes. Até se tenta dar, com alguma dificuldade, mas as nossas costas não perdoam;

4. ter medo de dar mais atenção a um;

5. estar sempre sujeita a algumas “bocas” menos simpáticas (coitada são gémeos);

6. não passar despercebida com o “dois” lugares;

7. estar sujeita a constantes comparações;

8. ter gastos a dobrar, pois as necessidades são as mesmas e não há aquela “desculpa” de “já fica para o próximo”;

9. dificilmente irei estar grávida novamente. Sempre sonhei ter dois filhos, no meu caso aplica-se a expressão: “Que sorte. Estás arrumada”.

Não são 9 pontos negativos, mas 9 "ses" que rapidamente são esquecidos quando tenho os dois a gatinhar em minha direção. O meu coração não aguenta de tanta emoção. Não há melhor no mundo.

As estrelinhas vão a caminho dos 14 meses. Ainda há muita coisa para descobrir.

Adoro de paixão ser "a mãe dos gémeos".