Trapitos # 18

Todos os anos há uma peça de roupa que compro mais ou que tenho tendência a procurar. Tipo uma panca.

Este ano a minha panca chama-se calções. O que eu procurei por uns tipo pele. Se era vê-los por todo o lado antes do início dos saldos, agora evaporaram. Já rogava pragas por não ter comprado quando os vi. Restava esperar pela nova coleção. Até que encontrei uns perdidos na Lanidor e o meu número. Vieram comigo, claro. Muito lindões e diferentes dos que tinha visto. Valeu a pena.

 

O look não é, ainda, com estes bonitinhos, mas com outra compra de saldos. Calções, claro está.

 



Calções: Zara;

Camisola: Benetton

Camisa: Tiffosi

Cachecol XL: Parfois;

Galochas: Lemon Jelly

Carteira: Bimba y Lola

À Mesa # Fogaças de Feira

 

Porque há tradições para cima de boas.

Hoje é dia 20 de Janeiro. O 20 das fogaças, como é conhecido por cá. Não sou do concelho de Santa Maria da Feira, mas sou vizinha e esta tradição chega todos os anos até mim. Ainda bem (ou não, se pensar na balança).

A 20 de janeiro, em terras de Santa Maria da Feira, cumpre-se o secular voto a S. Sebastião, na Festa das Fogaceiras, com o célebre pão doce a ser benzido na Igreja Matriz. Até lá chegar há uma procissão pelas ruas da cidade, onde desfilam centenas de meninas e adolescentes vestidas de branco, com a fogaça à cabeça.

No ano passado, a Fogaça obteve o registo de Indicação Geográfica Protegida (IGP) por parte da União Europeia. Este estatuto permite inscrever a menção oficial "Fogaça da Feira - Indicação Geográfica Protegida” nos rótulos das Fogaças confecionadas de acordo com os requisitos referidos em Diário da República, desta forma mantém-se a receita tradicional e garante-se a qualidade do produto.

Não há visita à Feira Medieval sem uma espera na fila das Fogaças. Que fazer? Eu adoro fogaça.

E as da Feira são, sem dúvida, as melhores.

C´est la vie # Saudade

O que se faz quando se sente saudade? Para além de deixar cair lágrimas?

A saudade é aquele sentimento que não se explica. Que sufoca. Há dias em que a nossa mente é invadida por memórias felizes que nos magoam. Como impedir isto?

Como tenho saudade da tua preocupação sufocante. Da tua gargalhada e da tua alegria contagiante. Do teu abraço apertado. Dos beijos intermináveis. Tantas vezes pedi para parares, para não fazeres isto ou aquilo. Tantas vezes te disse: só um beijo e nada de apertos.

Agora tenho um olhar vazio. Um beijo perdido. Uma presença como uma ausência que me destrói.  Como dói.

Quem irá um dia gostar de mim como tu? Tomar conta de mim como tu? Ninguém, porque não há ninguém que substitua uma mãe. Como eu queria que tanta coisa tivesse sido diferente. Não percebo porque a vida nos coloca à prova e nos dá testes tão difíceis de ultrapassar. Acredito que a vida é injusta e nem sempre dá a quem deveria dar.

Como queria acordar deste pesadelo. Dura a tempo de mais e não tem fim à vista.