As estrelinhas estão com 17 meses.
A estrelinha D. iniciou a fase das birras há algum tempo, já
fez algumas bem feias e nada fáceis de controlar. A mana, que cheguei a gabar
por não as fazer, está a iniciar. Bate com os pés no chão, chora com lágrimas
gordas, esperneia e até já foi ao chão.
Ignoro. Acaba por fazer o “beicinho” e vir ter comigo.
Gerir a birra dos dois ao mesmo tempo não é fácil, principalmente
quando estou sozinha.
Paralelamente à birra, e como era de esperar, estão cada vez
mais curiosos. Tudo lhes chama a atenção e querem mexer em tudo. Já começam a
perceber quando estão a fazer asneiras. Já testam o limite e já pisam o risco.
Repreendo, digo vezes sem conta o “não”, o “ahhhh”, a
palavra “asneira”, mas agora reagem sem medo. Parece que já gozam e começam a
rir. Pior. Quando um está a fazer a asneira e repreendo, o outro vai fazer exatamente
o mesmo e olha para mim à espera da minha reação. Já levaram palmadas de amor e
até fazem o movimento com a mão “tautau”. Explico, mesmo que ainda não me
entendo, o que estão a fazer mal.
Confesso que tenho receio de não estar a fazer correto, de
estar a repreender um mais que o outro.
Detesto ver crianças a fazer birras. Geralmente, os pais são
logo “olhados de lado” e com recriminação.
Depois temos os momentos fofice. Ouvir repetidamente a palavra
“maaanhêêêê” e sentir a ternura das suas vozes derretem logo o meu coração (e
de quem está ao lado). A “luta” constante pelo meu colo e pelo meu aconchego fazem de mim a pessoa mais especial do mundo. Mesmo que seja apenas do mundo deles.
Num abraço tento encaixar os dois e peço para estes momentos
não terem fim.
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