terça-feira, 16 de outubro de 2018

Estrelinhas # Birras ao quadrado


As estrelinhas estão com 17 meses.

A estrelinha D. iniciou a fase das birras há algum tempo, já fez algumas bem feias e nada fáceis de controlar. A mana, que cheguei a gabar por não as fazer, está a iniciar. Bate com os pés no chão, chora com lágrimas gordas, esperneia e até já foi ao chão.

Ignoro. Acaba por fazer o “beicinho” e vir ter comigo.

Gerir a birra dos dois ao mesmo tempo não é fácil, principalmente quando estou sozinha.
Paralelamente à birra, e como era de esperar, estão cada vez mais curiosos. Tudo lhes chama a atenção e querem mexer em tudo. Já começam a perceber quando estão a fazer asneiras. Já testam o limite e já pisam o risco.

Repreendo, digo vezes sem conta o “não”, o “ahhhh”, a palavra “asneira”, mas agora reagem sem medo. Parece que já gozam e começam a rir. Pior. Quando um está a fazer a asneira e repreendo, o outro vai fazer exatamente o mesmo e olha para mim à espera da minha reação. Já levaram palmadas de amor e até fazem o movimento com a mão “tautau”. Explico, mesmo que ainda não me entendo, o que estão a fazer mal.

Confesso que tenho receio de não estar a fazer correto, de estar a repreender um mais que o outro.

Detesto ver crianças a fazer birras. Geralmente, os pais são logo “olhados de lado” e com recriminação.

Depois temos os momentos fofice. Ouvir repetidamente a palavra “maaanhêêêê” e sentir a ternura das suas vozes derretem logo o meu coração (e de quem está ao lado). A “luta” constante pelo meu colo e pelo meu aconchego fazem de mim a pessoa mais especial do mundo. Mesmo que seja apenas do mundo deles.

Num abraço tento encaixar os dois e peço para estes momentos não terem fim.   


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