segunda-feira, 9 de novembro de 2015

C´est la vie # A morte

Que destino triste é o do ser humano.

Ninguém está preparado para encarar a morte de alguém que nos é especial. De alguém que é parte de nós. Que ainda nos faz falta. Que ainda tinha tanto para viver e partilhar.

Mesmo que seja uma morte anunciada, apesar de prematura. Uma morte é sempre uma despedida. Uma partida para não se voltar mais.

Na sexta partiu a mãe da minha melhor amiga. Daquela amiga que nos acompanha desde sempre. Desde o banco da escola primária.

Cancro. Doença cruel. Doença que nos rouba as pessoas, muito antes de elas partirem.

Tentei estar ao lado dela. Dar-lhe o meu ombro e o meu abraço. Afinal é este o papel de ser amiga/o. Estar ao lado nas gargalhas e nas lágrimas. Mesmo que pouco ou nada ajude a abafar aquela dor. Não há palavras que ajudem a aliviar. Nestes momentos, acho que o silêncio diz muito mais. Agora é continuar a apoiar nos dias que se seguem, porque estes vão ser ainda mais difíceis de suportar.

Quando estamos mais frágeis, e mesmo não sendo a mesma situação, de forma inconsciente, colocamo-nos naquele lugar. E quando formos nós? Como se vive com a partida de uma mãe / pai? Ou de alguém que é essencial na nossa vida?

2 comentários:

  1. Vim para agradecer a visita e comentário no meu cantinho e deparo-me com um texto tão sentido e com que me identifico.
    A morte é dos meu maiores medos. Tanta coisa que acontece, tantas situações de cancro e até casos de pessoas que têm um ataque de um momento para o outro... Só penso se isto acontece às pessoas que eu amo que me são próximas. Tenho muito medo... A morte é inevitável, mas sei que será muito, mas muito difícil para mim quando vier a deparar-me com "ela"...

    Um beijinho e muito obrigada pelas palavras no blog =))

    http://agatadesaltosaltos.blogspot.pt/

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