quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

À Mesa_ Restaurante Barão Fladgate

Por questões profissionais, raramente fazemos algum programa no dia 14 de fevereiro. Enquanto namorados muito poucas vezes, enquanto “eternos namorados”, e já lá vão quase três anos, nunca. Confesso que não ligo muito a este dia. Até acho um quê de “piroso”. Não querendo ofender quem vibra com ele.

Acabou por se tornar hábito jantar fora no dia seguinte e preparar alguma coisa diferente. Uma surpresa, um postal ou uma simples mensagem (que não precisamos do dia S. Valentim para tal) e a prenda. A parte boa dos dias de celebração são estes pequenos gestos.

Este ano, e também porque havia outro motivo a celebrar, o meu Valentim superou-se e surpreendeu-me. Só me disse que estava marcado para as 20h. Pronto, em alguns momentos, raros, sou muito bem-mandada e estava prontinha à hora marcada.

E lá fomos!!! No primeiro impacto pensei que ele tinha perdido a cabeça e íamos ao The Yeatman. Ainda me gozou com um “enganei-te”. Ah, pois claro. 

Não fomos lá, mas fomos mesmo em frente. Ao restaurante Guia Michelin 2016, Barão Fladgate, instalado numa das salas das Caves da Taylor´s, com uma vista magnífica sobre o rio Douro, o centro histórico do Porto e Gaia.




E que boa escolha. Uma sala de ambiente clássico e um serviço de excelência. Cordial, rigoroso e competente, tanto pela chefe de sala como pela jovem funcionária. Aqueles pequenos toques de cuidado e de protocolo de serviço a comandar todo o atendimento. A carta não muito extensa apresenta pratos tradicionais, mas com um cariz moderno. 

Não escolhi prato de entrada, sob o risco de não conseguir comer o prato principal. Salmão braseado com sementes de sésamo pretas, puré de ervilhas, salada fresca de frutas e legumes foi a minha escolha. Que estava divinal, aprovado com distinção. O salmão tinha uma textura macia, num interessante jogo de sabores com a conjugação das sementes de sésamos, legumes, laranja e o puré de ervilhas. Um verdadeiro jogo de cores entre o puré verde, as sementes pretas, os pimentos vermelhos/verdes e um fio de um molho alaranjado. Que efeito visual fabuloso!

Já o marido aceitou a oferta do aperitivo, um Porto branco seco, escolheu uma entrada e para prato principal Cataplana de Marisco. Que, segundo ele, estava tudo delicioso.



A parte menos boa, ou não, depende da perspectiva, é que não houve barriga para a sobremesa. Eu ainda era capaz de dividir uma, mas não ia ter ajuda e corria o risco de comer tudo. 

Um jantar especial, num espaço que tudo cativa. As vistas, o ambiente, o atendimento e também aquilo que se vê no prato.





Que volte a haver outra surpresa destas.

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