domingo, 7 de fevereiro de 2016

C´est la vie # Carnaval



O que dizer sobre esta festa?

Quando era miúda adorava. Era a única altura do ano que me deixavam andar maquilhada. Por essa razão, só gostava de roupas que dessem para tal. Princesa, dama rica, bailarina e nada de coisas pouco femininas. Era vê-la toda pintada durante o período das festas. De cinco em cinco minutos ia retocar. E, preferência, a bater tacão. Já na altura tudo o que fazia parte do mundo das mulheres me fascinava. Quando chegava a quarta-feira, aquela a seguir ao Carnaval, não queria lavar a cara. Ou lavava só de lado, mas depois ia retocar. Até a minha madrinha olhar para mim e me “obrigar” a lavar a cara. Ainda hoje me goza por isso. E ainda hoje me lembro da tristeza que sentia. A minha mãe deixava passar tudo e até achava piada.

Com o tempo deixei de ligar ao Carnaval. Não acho piada. Quando o S. Pedro permite gosto de ir até à rua e ver a criatividade dos outros. Gosto de ver a alegria das crianças e, de alguns, adultos. Nada mais.

Agora acho que não devíamos copiar o que não é nosso. Não devíamos imitar o Brasil, como muitas localidades fazem. Não temos clima para isso, nem temos o samba no pé. Vivam o Carnaval à Portuguesa. É muito mais divertido, mais criativo e mais nosso.

O Brasil é o Brasil. Nós somos nós.

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