Nos próximos tempos não vou precisar de ginásio.
A estrelinha C. começou a caminhar uns dias antes de
completar os 15 meses, agora anda a todo o gás, apesar de ainda cair algumas
vezes.
A estrelinha D. começou uns dias antes dos 16 meses. Ainda
anda em modo pinguim, com várias quedas, mas já ninguém o consegue parar.
No outro dia tivemos a festa de aniversário da doce A. e fui
sozinha. Foi a loucura com tantas novidades para explorar. Enquanto olhava para
um, o outro já estava em situação de risco. Não consegui parar um segundo. Andei
literalmente a correr de um lado para o outro. Uma hora depois já estava mais
cansada que uma ida ao ginásio. Viemos embora.
Na semana passada também me aventurei sozinha com eles numa ida
ao shopping. A estrelinha C., como ia no andar de cima do carrinho, conseguia
ver as coisas e ia a interagir com as pessoas, não reclamou. Já a estrelinha D.,
no andar de baixo, e com uma visão menos privilegiada, ia farto de resmungar. Venceu
e lá o tirei, mas arrependi-me na hora. Uma mão a empurrar o carro e a
outro a tentar segurá-lo. Sem falar da parte que não queria a minha mão e queria
andar sozinho pelas lojas. Segundos depois estava a entrar novamente no
carrinho. E, claro, houve choradeira.
Com estas duas situações fiquei a pensar no uso do arnês ou da fita ou da mochila com a fita, ou seja, o que vulgarmente chamamos de "trela". Quando vi pela primeira vez achei que nunca
usaria aquilo. Agora confesso que já estou a ponderar, só para quando tiver de
sair sozinha com eles.
Vamos esquecer que ainda vivemos numa sociedade com muitos estigmas, os olhares alheios e que não queremos que os nossos filhos sejam comparados aos animais.
E vamos analisar bem o assunto:
- Se no carrinho estão presos, então porque não deixá-los andar presos a nós?
Certamente que vão achar mais
piada, vão sentir-se mais livres e com mais espaço para explorar.
Acho que vou esquecer o estigma e ver o utensílio como segurança.
A marinar a ideia.
A marinar a ideia.
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*Imagens da Internet |
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