segunda-feira, 26 de outubro de 2015

À mesa # Restaurante éleBê

E este ano fomos!

Um pouco por imposição, o marido concordou em irmos jantar no Domingo a um restaurante, no âmbito da iniciativa Restaurant Week.

Lá fui ver a lista de restaurantes, os respetivos menus e as críticas. Ao que queria ir estava fechado para descanso, por isso fui um pouco pelos menus apresentados e opinião dos clientes.

Escolhi o Restaurante éleBê, situado na Baixa do Porto, na Rua ST. Ildefonso,  e não me arrependi.

Não foi fácil encontrar, andamos meios “perdidos” e demos umas voltas até arranjar estacionamento.

À chegada fomos recebidos pelo chefe de sala, que simpaticamente nos acompanhou à mesa e desejou uma boa refeição. O espaço muito agradável, intimista, acolhedor, com música ambiente apropriada, bem decorado e com pormenores muito elegantes. O atendimento foi sempre muito cuidado e personalizado, tanto pelo chefe como pelas simpáticas funcionárias.

 
Como Couvert serviram pão, manteiga confecionada pelo chef, azeitonas em tempera de azeite, alho e orégãos.

 
Já como prato de entrada o marido escolheu a Alheira de Perdiz (alheira de caça com carnes de perdiz) em cama de grelos do campo; para mim veio o Fondue de Três Queijos (três queijos gratinados no interior de um pão de sementes).

 
Para prato principal eu optei pelo Bacalhau Lascado em Crosta de Broa. O bacalhau vinha em camadas assente nas batatinhas a murro e coberto por crosta crocante de broa e ervas aromáticas. Estava delicioso!
 
O marido teve direito a um empratamento à inglesa indireto, ou seja, o chefe fez delicadamente o empratamento à nossa frente. Na Montada Minhota, tornedós de alcatra minhota corados com broa e enriquecido por vinho verde, o Chef deu o toque final com a sua assinatura.




Para finalizar em beleza, e com a consciência pesada pelos excessos cometidos, veio uma Mousse de Chocolate, num copinho de bolacha. A menina optou pelo abacaxi ao Natural, mas, claro, que não aguentei a tentação e fui “roubar” a mousse. Um verdadeiro pecado!



 
Pontos menos bons, que não colocam em causa a boa imagem:

 - Quando chegamos estava um funcionário debruçado no balção, confesso que não vi, e à saída também. Neste campo, o senhor meu marido tem olhos de lince e apanha tudo.

- Não ter ½ garrafas de vinho. Para um casal, em que um não bebe, como é o nosso caso, uma garrafa é um exagero. E já diz o ditado “quem conduz, não bebe”. Eu já prometi ao marido que vou aprender a gostar de vinho, para o acompanhar no social. Afinal com um mestre em casa, não há desculpa para não aprender. Acabou por escolher um copo de vinho. Nos tempos que correm, e por várias razões, é importante ter essa opção na carta de vinhos.

- O fardamento das funcionárias não estava adequado. A jaleca era 2 números acima do tamanho das funcionárias, sem exagero, as calças também não eram as mais adequadas (este pormenor também reparou ele), assim como o uso das sapatilhas. Naquele estilo de restaurante o uso de sapatilhas não acho muito apropriado.  

- O multibanco fora de serviço. Havia um aviso na porta, que não vimos, e o chefe teve o cuidado de nos avisar mal chegamos, mas é sempre um (pequeno) transtorno.

No geral, estava tudo delicioso. Com pratos bem portugueses, com um toque de autor de distinção sem perder as características que a tornam a nossa cozinha única.

 
"Adoramos a perfeição porque não a podemos ter; repugná-la-íamos se a tivéssemos.
O perfeito é desumano, porque o humano é imperfeito"
Fernando Pessoa
Recomendamos este espaço: http://www.elebe.pt/home.php
Já estamos a planear outro jantar deste género.
 

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