quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Mãe ao quadrado

imagem retirada da internet
*imagem retirada da Internet



Nem tudo foi um “mar de rosas”. O pior da gravidez foram mesmo as pessoas. Fiquei mesmo cansada de tantos comentários e opiniões. Cheguei a enjoar pessoas. 

Durante o meu estado de graça ouvi muitos comentários que de tão repetidos começavam a deixar-me “furiosa”. Como é óbvio, e felizmente, a minha barriga ficou grande, até porque não a tinha. Para uns estava “enormeeeeeeeeeeee”, para outros estava muito “pequenaaaaaaaaaaa” para gémeos. Que confusão! 


Depois era amamentação. Tantas vezes me lembraram que ia ter de dar de comer a dois, talvez ao mesmo tempo. A sério? Será que passou pela cabeça de alguém que ia deixar um sem comer ou fazer uma escala. E quando chorarem ao mesmo tempo? E mudar fraldas aos dois? E dar banho, vestir e muitas outras coisas? 


Ahhh e as noites mal dormidas e complicadas? Que me levou a questionar: Será que quem tem só um não as tem?. E repartir a atenção e de ter de me dividir. Quantos pais não o fazem sem ter gémeos? Basta ter dois ou mais filhos com idades próximas. 


Enquanto estava grávida, por curiosidade, falei com outras mães de gémeos e elas, todas umas queridas, deram-me alguns alertas. Para o bom e para o mau. Todas elas sobreviveram. E nenhuma me disse que não repetia a experiência, muito pelo contrário. Todas me diziam que a parte boa superava a menos boa. Todas me disseram que era mágico. E eu uma novata nestas andanças, ou por pura ignorância, acreditei. E ainda bem. Hoje digo que é verdade. Não trocava esta realidade por nada. É cansativamente maravilhoso.

Ah e não somos nenhumas coitadas (como já ouvi e deixa-me furiosa), somos sim umas abençoadas (como também já ouvi).

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